Campanha de Kamala critica acordo de Trump com o Talibã
Acordo de paz de 2020 levou a "consequências catastróficas", afirmam
A campanha da vice-presidente Kamala Harris criticou veementemente o acordo de paz de 2020 do presidente Donald Trump com o Talibã, descrevendo-o como um "fracasso terrível" que levou a "consequências catastróficas".
O acordo, negociado pelo enviado especial dos EUA para a paz no Afeganistão, Zalmay Khalilzad, foi projetado para pôr fim à guerra de 20 anos do Afeganistão e abrir caminho para um acordo político entre o governo afegão e o Talibã.
No entanto, a campanha de Harris argumenta que o acordo enfraqueceu a posição do governo afegão e deu ao Talibã a confiança necessária para lançar uma ofensiva que levou à derrubada de Cabul em agosto de 2021.
"O acordo de Trump com o Talibã foi um fracasso terrível que teve consequências catastróficas", disse um porta-voz da campanha de Harris em comunicado. "O acordo enfraqueceu o governo afegão e deu ao Talibã a confiança necessária para lançar uma ofensiva que levou à queda de Cabul."
A campanha de Harris também criticou a forma como a administração Trump retirou as tropas dos EUA do Afeganistão, descrevendo-a como "caótica e mal planeada".
"A retirada foi caótica e mal planeada, e deixou para trás milhares de americanos e aliados afegãos", disse o porta-voz. "O fracasso de Trump no Afeganistão foi uma mancha na nossa reputação e deixou um vazio que os nossos adversários estão a preencher."
A campanha de Harris não é a única que criticou o acordo de Trump com o Talibã. Muitos especialistas em política externa argumentaram que o acordo foi falho desde o início e que estava destinado a falhar.
O acordo foi negociado às pressas e não incluiu quaisquer disposições para garantir que o Talibã cumprisse os seus compromissos. O Talibã também nunca renunciou à violência e continuou a realizar ataques contra as forças afegãs e civis.
O resultado foi um acordo que não conseguiu pôr fim à guerra do Afeganistão e, em vez disso, levou ao colapso do governo afegão e ao retorno do Talibã ao poder.
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